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Por do sol na estiagem do cerrado, o fim de um dia, o fim de um ciclo, um recomeço

Imagem captura a beleza da transição e simboliza o papel do jornalista na construção de narrativas visuais

Redação
Por: Redação Fonte: Elane Francisco da Silva (Acadêmica de Jornalismo)
08/04/2025 às 16h19
Por do sol na estiagem do cerrado, o fim de um dia, o fim de um ciclo, um recomeço
Créditos: Elane Francisco da Silva

Na fotografia que registrei como acadêmica do 3º Período de Jornalismo da Universidade de Gurupi (UnirG), busquei capturar a essência do Cerrado durante o período de estiagem. O cenário é dominado por um pôr do sol intenso, que emoldura uma árvore solitária. Coloquei a silhueta da vegetação em primeiro plano, evidenciando os galhos retorcidos e as folhas secas, com o objetivo de criar um contraste dramático com o céu, que transita do azul profundo ao alaranjado suave do entardecer. Usei o sombreamento para realçar o contorno da árvore, tentando conferir à imagem uma atmosfera de contemplação e introspecção.

O enquadramento é horizontal, com foco centralizado na árvore, enquanto os elementos nas laterais permanecem desfocados, conferindo profundidade e direcionando o olhar do espectador para o ponto focal. A técnica do contra-luz, quando a fonte de luz (o sol) está posicionada atrás do objeto principal, é usada com maestria para capturar o momento em que a luz do dia se despede, sugerindo o fim de um ciclo natural.

A imagem foi produzida durante uma atividade complementar da disciplina de Fotojornalismo, na Semana do Jornalista da UnirG, realizada entre os dias 7 e 11 de abril de 2025. A proposta era refletir, através da imagem, o papel essencial do jornalista: registrar, comunicar e eternizar momentos com significado social, político ou simbólico.

Jornalista Contemporâneo

Mais do que apenas registrar o instante,  minha a produção representa um exemplo claro de como o fotojornalismo se tornou um campo fértil para o empreendedorismo e a reinvenção do jornalista contemporâneo. O jornalista visual não é mais apenas um funcionário de redação: é um criador de narrativas, gestor de imagem e produtor de conteúdo com identidade própria.

Para o professor Me. Clifton Correia Morais, responsável pela disciplina Jornalismo, Cidadania e Ação Social, “o jornalista de hoje precisa se enxergar como um agente de transformação e também como um empreendedor da imagem. O fotojornalista tem ferramentas para construir narrativas com impacto social e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades profissionais sustentáveis, seja por meio de projetos independentes, coberturas autorais ou criação de produtos visuais voltados para causas, marcas e comunidades", explica.

A professora Dra. Joyce Karoline Pontes, responsável pela disciplina de Fotojornalismo, reforça: “o fotojornalista empreendedor constrói sua marca pessoal. Ele se adapta aos novos meios, domina as mídias sociais, dialoga com públicos diversos e transforma imagens em valor simbólico e comercial. Não é mais apenas sobre técnica, é sobre visão estratégica e autonomia profissional, principalmente na sociedade que vivemos que se encontra em constantes mudanças", enfatiza. 

Assim como o pôr do sol simboliza o recomeço após o fim, a fotografia produzida por mim revela uma nova postura: a do jornalista que se reinventa. Um profissional que alia sensibilidade, linguagem estética e consciência de mercado para criar imagens que comunicam, inspiram e sustentam sua própria trajetória. Logo, o fotojornalista se afirma como empreendedor da informação e da emoção, capaz de transformar o ordinário em extraordinário, com arte, ética e inovação. 

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